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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mais profissionalismo na nova década



Os negócios envolvendo a era do pré-sal e a somas de investimentos que devem circular na Região Metropolitana da Baixada Santista, nos próximos dez anos, vão exigir maior firmeza e determinação de patrões, empregados e profissionais liberais que atuam na região. O desafio também caberá ao Poder Público, seja nas tomadas de decisões de natureza administrativa e tributária, ou na própria capacidade de enxergar oportunidades no contexto dos temas macroeconômicos em discussão no País.

Ao final do ano passado, a região somava 66.041 empregadores, distribuídos entre os seus nove municípios. Este universo correspondia à relação de um empregador para 5,5 empregados do mercado formal. Embora a atividade de serviços seja preponderante no mercado regional em nível superior às taxas registradas em âmbito estadual e federal (50,47%, contra 37,70% e 32,53%, respectivamente), as possibilidades de novos negócios devem surgir em diversos setores econômicos.

Estudos técnicos encomendados pelo Governo do Estado de São Paulo para definir ações estratégicas para o Litoral Paulista indicam que, até 2025, os investimentos nesta região podem alcançar a marca de R$ 209 bilhões. Deste total, cerca de 75% (ou R$ 157 bilhões), segundo a empresa Arcadis Tetraplan, responsável pelo estudo, serão gerados a partir das atividades de petróleo e dependem diretamente da Petrobras. O impulso econômico do pré-sal, porém, vai se somar a uma série de outros negócios em curso na área portuária; de logística; e a tantos outros setores produtivos que já vivenciam os reflexos desta nova fase como é o caso da construção civil e mercado imobiliário.

ESCOLA DE NEGÓCIOS
Apesar da região ter desper- tado para a necessidade de formação técnica e profissional de apoio aos negócios de petróleo, pouco se tem discutido no contexto da preparação empresarial, por meio de escolas de negócios. O amplo campo de atividades desenvolvidas na região, aliás, enseja a produção de estudos públicos regionais para identificação onde há ociosidade de investimentos e onde ocorre a concentração demasiada de negócios.


Os cadastros municipais podem ser utilizados nesta tarefa, inclusive como auxílio às empresas privadas que preparam planos de negócios para expansão ou diversificação de atividades. Dados do Banco Central do Brasil apontavam, ao final do ano passado, uma capacidade regional de poupança da ordem de R$ 9 bilhões, com um crescimento real de 40,20%, nos últimos dez anos. Este perfil de poupança aponta uma excelente capacidade de consumo, de modo que a preparação empresarial em escolas de negócios pode colaborar com técnicas de atração de consumidores. O consumo regional, na última década, exibiu uma evolução real de 116,74%, ratificando a disposição de compras na região.

O aumento dos níveis de produção de petróleo gerado pela exploração dos poços envolvidos no pré-sal vai provocar a recíproca necessidade de expansão do refino e esta atividade precisa ser ampliada na região. A Petrobras já superou o nível de 90% da sua capacidade nacional de refino de petróleo e também vai expandir seus investimentos neste setor, de modo que é imprescindível às autoridades regionais lutarem para ampliar o potencial da Refinaria Presidente Bernardes(RPBC), em Cubatão.

Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) revelam que a RPBC, nos últimos dez anos, respondeu por 20,83% do refino realizado nas cinco unidades instaladas no Estado de São Paulo, ou por 9,22% do total nacional. Caso as projeções de produção de petróleo feitas para o período do pré-sal sejam efetivadas, a capacidade nacional de refino precisará ser duplicada, e sairá ganhando financeiramente a localizada que dispuser de maior nível de produção. Nos últimos anos, a Petrobras expandiu a capacidade de refino da Replan, de Paulínia; e da Revap, em São José dos Campos, mas as outras três unidades paulistas (RPBC, de Cubatão; Recap, de Mauá; e Univen, de Itupeva) mantiveram seu nível de refino inalterados.

A Refinaria Presidente Bernardes, no tocante à produção de derivados de petróleo, também nos últimos dez anos, apresentou uma performance equivalente a 19,44% do total estadual (ou 550.214.174 barris), correspondente a 8,60% do volume nacional. Outra preocupação regional deve se concentrar na capacidade de armazenagem de petróleo. Em termos de petróleo, o Estado de São Paulo responde por 32,84% desta disponibilidade, enquanto no aspecto de derivados esta capacidade evolui para 47,24%. A unidade da RPBC registra uma capacidade nacional de armazenagem de 7,52% (ou 22,91% no Estado) e, para derivados, de 7,96% (16,85% no Estado) e a região pode melhorar este patamar.

RODOLFO AMARAL
COLABORADOR

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